Na ocasião, o professor  Wilson Lopes representará Milton Nascimento, com quem tem uma longa história de amizade e parceria musical. Ao término da cerimônia, haverá o show “Tributo a Milton Nascimento e Toninho Horta”, com a participação de estudantes e professores da Escola de Música da UFMG, além do próprio Toninho Horta. O evento é aberto ao público, sujeito à lotação do local (neste caso, poderá haver transmissão para outros espaços).

O título

Ao aprovar a proposta para a concessão do título de Doutor Honoris Causa a Milton Nascimento, o Conselho Universitário da UFMG destacou sua trajetória “profícua e notória”, além do “mérito cultural e a relevância de sua obra”. De acordo com o parecer do órgão, “trata-se de um dos maiores expoentes da música brasileira, artista de prestígio internacional, dotado de voz inconfundível e autor de composições inovadoras e emocionantes, que harmonizam referências regionais com elementos variados da música popular brasileira. Sua produção artística celebra a identidade brasileira e mineira, inspira gerações e é amplamente reconhecida por seu impacto cultural e pela elevada qualidade estética”.

Milton Nascimento nasceu no Rio de Janeiro no dia 26 de outubro de 1942. No entanto, foi criado na cidade de Três Pontas, interior de Minas, da onde vem a sua grande identificação com a música barroca praticada no Estado. Conhecido entre os mais íntimos como Bituca, ele logo se tornou um dos artífices do Clube da Esquina, movimento surgido em Minas que congregava artistas como Lô Borges, Wagner Tiso, Toninho Horta, Beto Guedes, Ronaldo Bastos, Márcio Borges, Fernando Brant, Tavinho Moura, e muitos outros.

Em 1967, Milton apareceu para todo o Brasil com “Travessia”, parceria com Fernando Brant que tirou o segundo lugar no Festival Internacional da Canção. Apontado por muitos como uma das vozes mais bonitas e sagradas da música mundial, Milton teve suas composições gravadas por Elis Regina, Agostinho dos Santos, Nana Caymmi, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Wilson Simonal, Fafá de Belém, Maria Bethânia, Simone, Zélia Duncan e Telma Costa. Segundo Elis Regina, “se Deus cantasse, teria a voz de Milton”.

Por sua vez, na proposta da concessão do título de Doutor Honoris Causa a Toninho Horta aprovada pelo Conselho Universitário da UFMG, a Congregação da Escola de Música destacou a “constante reinvenção” e o “elevado grau de excelência musical” de sua trajetória artística, “consolidando-o como um dos principais nomes da guitarra na música mineira, brasileira e jazz. Suas diversas premiações – destacando-se, entre elas, o Grammy Latino, – aliadas à gravação de mais de trinta álbuns, ratificam não apenas sua produção prolífica, mas também a ampla influência exercida sobre múltiplas gerações de músicos e pesquisadores”. Entre os grandes sucessos de Toninho estão “Beijo Partido”, “Céu de Brasília”, “Manuel, o Audaz” e “Diana”, as três últimas em parcerias com o letrista Fernando Brant.

Data do evento:  22 de dezembro

Horário: 19h                                                                                                                                                                   Local: Auditório da Reitoria (Avenida Antônio Carlos, 6627, Pampulha – Belo Horizonte – MG)